












Tive a imensa honra e prazer de participar nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril junto da comunidade portuguesa de Montreal, pela qual fui convidado a dar palestras e entrevistas aos meios de comunicação comunitários. Agradeço a forma calorosa e atenção de todas as pessoas que me acolheram e com quem interagi, principalmente dos membros da comissão organizadora, especialmente a infatigável Joaquina Pires. Tive a oportunidade de rever amigos e fazer muitos mais, inclusive pessoas com histórias de vida muito interessantes, que se prestaram a partilhar comigo memórias e arquivos pessoais no sentido de apoiar a minha investigação e estabelecer um conhecimento mais completo e aprofundado da história dos portugueses em Montreal. Foi também um prazer partilhar estas experiências com Michael Baptista – que captou a maior parte das fotografias neste post – com quem troquei reflexões sobre a comunidade portuguesa em Montreal e as diferenças com a de Toronto. Concordamos que a comunidade de Montreal tem um energia e identidade própria, fruto do seu contexto específico. As pessoas são as mesmas, mas as cidades e as suas histórias são diferentes. Histórias essas com as quais as comunidades locais estão intimamente ligadas, talvez mais até do que com comunidades portuguesas noutras províncias. As “duas solidões” do Canadá (anglófona e francófona) reflectem-se nas poucas relações pessoais e institucionais entre as duas comunidades, onde pessoas com interesses e trabalhos comuns nem sempre se encontram ou têm conhecimento mútuo. No que depender de mim, tentarei estabelecer pontes no sentido de criar mais iniciativas como as que tive o privilégio de participar em Montreal nestes últimos dias.
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